sexta-feira, 9 de maio de 2014

Caso 2 - Alzheimer / Case Study 2 - Alzheimer


Apresentação do Caso 2 do Trabalho de Investigação Poster para o Congresso RIEN 2014

Terapeuta: Manuel Vilas Boas (terapeuta formado pelo CRM desde 2011)
Paciente: sexo masculino com 77 anos de idade
Patologia: Alzheimer
Diagnóstico: 2007

Alzheimer: é uma doença neuro-degenerativa que provoca o declínio das funções intelectuais, reduzindo as capacidades de trabalho, a relação social e interferindo no comportamento e na personalidade. De início o paciente começa a perder a sua memória mais recente, como por exemplo, esquecer que acabou de realizar uma refeição, mas pode lembrar com precisão acontecimentos de anos passados. Mas com a evolução da doença a pessoa fica afectada na capacidade de atenção, orientação, compreensão e linguagem. A pessoa com Alzheimer fica cada vez mais dependente da ajuda de terceiros.

Sintomatologia: corpo muito rígido, fala pouco, mau humor, não gosta de andar, gosta de comer muito e em especial alimentos doces.

Medicação: Memantina e Quetiafina (Alzheimer), Loflazepato de etilo (calmante).

Data de início das sessões: 04/11/2013

Tratamento: Foram realizadas 15 sessões de Reflexologia, com a duração de uma hora e periodicidade de três vezes por semana. Durante os tratamentos foram aplicadas várias técnicas: técnoca de relaxamento, método de Eunice Ingham, técnicas avançadas, taco podal, técnica de nervos cranianos, técnica metamórfica. Em todas as sessões foram aplicadas técnicas diferentes.. Foram trabalhados os reflexos: sistema nervoso central e periférico, fígado, estômago, cólon, rins e bexiga.

Análise de resultados: Nas primeiras cinco sessões o paciente apresentava poucas melhorias. A partir da sexta sessão foi aplicada a técnica de taco podal, metamórfica e técnica dos nervos cranianos, e começaram a surgir melhorias, tais como : mais calmo, dormir melhor, sentido de humor melhorado; membros superiores e inferiores menos rígidos, caminha melhor e a reacção para com as outras pessoas tem sido diferente, para melhor; escreve o seu nome todo, coisa que lhe custava fazer, faz jogos de cartas, dominó e puzzle. Além das sessões de reflexologia, também converso com ele tentando que se lembre das coisas mais actuais e antigas.

Conclusão: è possível concluir que os tratamentos de Reflexologia ajudaram o paciente a melhorar o seu humor e numa mudança positiva nas suas relações interpessoais.

pés na primeira sessão


Testemunho dos cuidadores:
"O Senhor (...) começou, em 2005, a apresentar sinais de confusão e de esquecimento, repetindo conversas e questionando sobre realidades que lhe eram sobejamente conhecidas, nomeadamente sobre a vida de alguns familiares.
Em face disto, foi observado pelo Dr. O.S., neurologista, que lhe diagnosticou doença de Alzheimer.
A situação foi-se agravando até que, a partir de 2012, o Sr.(...) começou a fechar-se em silêncios cada vez mais frequentes. O seu comportamento principiou também uma fase mais agressiva (contrário a toda a sua maneira de ser até então) e com delírios mais frequentes – envolvendo pessoas da família, em especial irmãos mais velhos e à data já falecidos.
Optou-se por se experimentar novas terapias. Deste modo, e a conselho do Dr. Eduardo Luís (reflexologista), deu-se início em meados de 2013 a sessões periódicas de reflexologia que ficaram a cargo do Sr. Manuel Joaquim Vilas Boas.
Às sessões, o Sr. (...) respondia positivamente, mostrando-se mais calmo, mais ágil fisicamente e capaz de verbalizar algumas frases. A forte empatia estabelecida entre o doente e o reflexologista era visível pela saudação efusiva que o doente manifestava, verbalizando que o reconhecia como sendo de S. Gonçalo (que não corresponde à realidade) e referindo-se mesmo ao novo amigo como “O Sr. de S. Gonçalo”. Aceitava de bom grado o apoio do braço do seu amigo quando tinha que se deslocar de um espaço para outro da casa, sendo as sessões sempre bem aceites, sem azedumes, queixas ou carrancas, que na altura eram frequentes.
Perante estes resultados foi proposto, em novembro de 2013, o aumento da frequência de sessões de reflexologia para sessões quase diárias. Como as sessões se realizavam nos finais de tarde, altura em que o Sr. (...) começava a manifestar-se mais agitado, verificou-se que ficava mais estável emocionalmente e as noites tornavam-se mais tranquilas.
A reação do paciente às sessões de reflexologia foi sempre positiva, verificando-se, inclusive, situações em que voluntariamente interrompia o lanche à chegada do Sr. Vilas Boas a casa para se dirigir à cadeira da reflexologia.
No entanto, mais recentemente, a doença do Sr. (...) evoluiu para períodos de mau-humor e depressão afligindo bastante a família. Apesar desta mudança, a sua adesão à reflexologia nunca se alterou.
Foi, entretanto, observado pelo Dr. A. M. (neurologista), que prescreveu um aumento das doses da medicação que já lhe era administrada e introduziu novos fármacos, que conjugados com a terapia reflexóloga passaram a dar tranquilidade ao doente e à família – tem andado mais calmo, mais atento, mais sociável e com sentido de humor que julgava-se definitivamente perdido.
É de salientar o papel do Sr. Vilas Boas como confidente dos anseios da família do Sr. (...), facultando uma visão mais racional na apreciação das problemáticas desencadeadas pelos comportamentos de um doente de Alzheimer.
De destacar igualmente os benefícios que a reflexologia traz aos próprios familiares que recorrem a esta terapia por reconhecerem o alívio que esta proporciona às tensões a que são sujeitos.
Na nossa opinião, a reflexologia tem desempenhado uma ajuda preciosa no acompanhamento da doença e, conjugada com os fármacos receitados pelos médicos, tem proporcionado ao doente um maior equilíbrio emocional. Julgamos mesmo que, se esta terapia tivesse sido desencadeada mais cedo, a evolução da doença de Alzheimer no Sr. (...) teria sido retardada.

A família do paciente doente de Alzheimer"

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